No Business Rock, Sandrão recebeu os integrantes da banda Rex Ultraje — Mateus Pieroni, Heraldo Paarmann e Flávio Sueti — em um episódio especial que celebrou a paixão pelo rock brasileiro e a origem da banda, nascida da admiração de um fã
No palco do Business Rock, onde histórias se transformam em acordes e emoção vira conteúdo, mais um episódio inesquecível foi ao ar. Sandro Ari Pinto, o Sandrão, recebeu com exclusividade Mateus Pieroni, Heraldo Paarmann e Flávio Sueti — integrantes da banda Rex Ultraje, um projeto que nasceu da admiração de um fã e floresceu como um reencontro visceral com a alma do rock brasileiro.
O grupo traz de volta à cena três músicos que integraram o Ultraje a Rigor por mais de uma década, em uma formação histórica. Ao lado de Mateus, o fã que virou vocalista, revivem não só os clássicos dos anos 80 e 90, mas também o espírito de amizade, irreverência e entrega que marcou uma geração.
De fã a vocalista: um sonho que virou banda
Mateus, dentista de profissão e roqueiro de coração, contou como tudo começou com vídeos tocando Ultraje no Instagram. “Eu não imaginava que marcar o Heraldo em um post ia mudar minha vida. De repente, estávamos ensaiando para o meu aniversário de 40 anos e… nunca mais paramos.”
A sinceridade de Mateus tocou Heraldo profundamente: “Não era um cara querendo aparecer. Era um cara querendo viver de verdade o que a gente viveu. E isso me emocionou.”
Daquele show de aniversário nasceu o Rex Ultraje. E a formação virou supergrupo — com paixão genuína, maturidade e respeito ao legado.
Histórias que o palco não mostra — mas o Business Rock revela
É nesse ponto que o Business Rock faz a diferença. O programa foi além da música e revelou os bastidores de uma reconexão poderosa entre músicos, fãs e família.
Durante a entrevista, Heraldo contou com emoção sobre o convite ao próprio filho para subir ao palco no show de 21 de junho em Belo Horizonte. Na época da gravação, o show ainda não havia ocorrido, mas os ensaios já estavam trazendo lágrimas e orgulho.
“Ver meu filho emocionado por ensaiar com os caras que foram meus irmãos de estrada — Flávio, Sérgio — e ainda ter a chance de tocar junto comigo… cara, isso não tem preço. É um ciclo que se fecha.”
Flávio, baterista e designer audiovisual, contou como o retorno à música exigiu mais que técnica: “A gente voltou a estudar, a cuidar do corpo, porque subir no palco hoje exige muito mais. Mas vale a pena. É um reencontro com quem a gente era e com o que ainda somos.”
Do mico à catarse: os bastidores mais hilários
E, como de costume no Business Rock, também teve risada. Heraldo reviveu a clássica história do Ultraje a Rigor mostrando o bumbum durante um show: “Tava todo mundo elétrico, aquele clima de zoeira total. No embalo, resolvemos abaixar as calças e mostrar o bumbum pra galera. Foi punk, foi Ultraje.”
Sandrão então lembrou um de seus momentos mais constrangedoramente épicos como fã: “No Palestra Itália, entrei num banheiro químico ‘sem fila’. Achei estranho, mas a cerveja não deixava pensar muito. Comecei a ‘descarregar’ a bebida… e veio o grito da torcida. Olhei pra frente: o banheiro não tinha parede. A torcida toda vendo tudo. Aí entrei no clima, balancei o instrumento e gritei: ‘Viva o rock, uhul!’. Foi minha catarse.”
Muito além do revival — um reencontro com o propósito
Rex Ultraje não é apenas uma homenagem ou projeto paralelo. É um manifesto de quem viveu o rock por dentro e quer manter sua chama acesa com verdade, sem pressa e sem filtro.
“A ideia não é virar banda de bar ou fazer show em massa. É tocar quando fizer sentido. Com qualidade, com entrega, com verdade”, disse Mateus.
As releituras são fiéis à essência, mas com um olhar mais maduro — como na discussão sobre a atualidade da música “Inútil”, de Roger Moreira:
“Ainda faz sentido. A letra continua descrevendo o Brasil. Isso mostra o quanto o Ultraje foi e é relevante”, afirmou Heraldo.
Business Rock: onde o palco é da emoção
O episódio com o Rex Ultraje é mais um daqueles em que o Business Rock cumpre sua missão: trazer o palco para dentro do estúdio e revelar o lado humano da música.